14/04 - dia 54 - 400km/12721km - Leon Comayagua

Meus amigos,

A igreja de Leon está meio derrubada, mesmo assim voltei para tirar umas fotos dela, e de outros prédios nas imediações que ainda tem um certo charme. Espero que isso de a voces uma idéia de como é a cidade de Leon que está localizada em Honduras.

O transporte aqui e bastante improvisado, como voces podem ver em uma foto, um pequeno caminhão com toldo e bancos na carroceria faz concorrencia para as vans transportando passageiros.

Dali parti para a fronteira, o primeiro trecho da estrada foi tranquilo, fiz algumas fotos para mostrar como esta seco esse lugar, vi gado morto por causa da seca.. e um trator arando a terra seca fazia uma nuvem de poeira incrível.

Na estrada, mais do mesmo: gado, carros de boi, e um caminhão despejando uma carga de palha não sei de que, a qual emporcalhou toda a estrada, na foto se percebe os detritos.
A policia me parou umas tres vezes, mas consegui sair ileso; e não passei por nenhum pedágio em todo o pais.

Aqui planta-se um pouco de tudo, inclusive cana de açucar, mas é tudo muito pobre, lembra o interior dos estados do Nordeste brasileiro. Fiz umas fotos dos vulcões que aqui são comuns, mas a nevoa não deixou a visão muito clara. Essa névoa é uma constante aqui e a visão a distancia fica muito limitada. As fotos do sol foram feitas as 4:20 da tarde....

Quando cheguei no pedaço da estrada que está em obras, ai realmente foi um horror. Uma poeira incrivel, levei uns 40 minutos para fazer 18kms. Ao descer do carro na saída da Nicarágua, meu pé voltou a apresentar o problema da batida na raiz e inchou de novo....

Na fronteira uma canseira, os nicaraguenses queriam me tomar uns trocos por causa das peças sobresalentes que trago comigo. Foi uma discussão tensa, o cara dizia que quando entrei no pais deveria ter pago direitos pela “importação”... expliquei que o funcionário vistoriou meu carro abriu as caixas, viu as peças e não exigiu o tal pagamento.

O cara disse que não tinha nada a ver com isso que eu deveria pagar. Insisti que ele deveria reportar ao colega que não fez o registro de entrada, e pedi para ver a lei que regulamentava o procedimento, então ele disse que poderia deixar pra lá.... após eu dizer que iria colocar isso na internet...

Do lado hondurenho foi uma canseira pois cheguei perto da hora do almoço deles, a fronteira estava vazia, então como unica vitima, fiquei com o tramitador mais uns 3 ou 4 caras iguais a aquelas moscas que resolvem sentar em voce.. vc da um tapa e ela volta, da outro e ela volta... foi assim por duas horas e meia.

E voce paga 2 dolares para o cara do carimbo, mais 20 dolares para o carro entrar, mais 1 dolar pro cara abrir a cancela, mais... sei la o que... finalmente me liberaram. Enquanto esperava chegou uma garota inglesa que partiu da Colombia e vai sozinha até o México onde mora, ela estava enfrentando problema com os moscas e me pediu carona.

Ela passou a ser minha navegadora, aliás foi muito eficiente e o Pirola fica insistindo pra eu comprar um GPS. Preciso revisar o ranking dos meus amigos... Ela também ia para Copan como eu. Na travessia de Tegucigalpa, ela ajudou bastante, passamos por uns lugares inacreditáveis da periferia, fiquei preocupado se desse um problema no carro ali....

Seguimos até uma cidade chamada Comayagua onde dormimos. Eu estava pensando que Honduras fosse pior que a Nicarágua, mas me enganei. Aqui também a influencia americana é muito grande e como nos outros países o dolar circula junto com a Lempira que é a moeda local.

Um abraço a todos voces!!!