Pessoal,
Sai logo cedo de Salinas Cruz em direção a Acapulco. Hoje foi um dia só de deslocamento então não fiz nenhuma fotografia. A região por onde passei esta muito seca, e o leito da maioria dos rios está sem água. Os poucos rios que tem água tem um lodo esverdeado, meio suspeito, mas o pessoal usa a água assim mesmo, entram com os carros e caminhões no leito do rio para lavar, lavam roupas... tomam banho..
Nessa região, cria-se gado e se produz muita fruta principalmente manga, coco e mamão. Os pés de papaya daqui são todos anões, muito baixinhos, diferentes dos nossos. O visual lembra muito a região do Rio Grande do Norte ai no Brasil, fazendas com pés de côco vi várias aqui.
Uma boa parte do trajeto é de áreas que ainda estão preservadas. Não há nativos nessa região, sómente mexicanos já descendentes do colonizador mesclado com os nativos. O relevo varia de plano a acidentado com algumas colinas não muito altas. Estrada sinuosa e estreita, claro sem nada de acostamento.
A bruma que torna o dia mais cinza continua me acompanhando...sem falar das lombadas, hoje devo ter passado por mais de 250 sem exagero nenhum. Hoje foi um desses dias na estrada, nada mais que isso..
A região lembra muito o interior de São Paulo, sábado a tarde o pessoal se reune, para conversar, ou em festas comunitárias da igreja. Barracas de lona enormes, equipamento de som, banda tocando, e o pessoal sentado em mesas comendo... em uma delas havia uma noiva, todinha de branco naquele chão empoeirado... e parecia muito feliz...
Não consegui chegar a Acapulco com a luz do sol como previsto e parei em San Marcos, logo hoje que está tendo um evento de criadores de cavalo... é a festa do peão cavaleiro ou algo assim. Os tres hoteis da cidade ( o ruim onde fiquei, o horrivel e o péssimo ) estão lotados, e a concentração dos cavalos foi ao lado do hotel onde estou.
Há um monte de mexicanos vestidos a carater, com espóras desfilando uns cavalos muito bonitos. Todos tem umas pick ups incrementadas com reboque para o cavalo e outros acessórios. O barato foi a banda só de instrumentos de sopro... muito gozado mesmo; eles sopram pra valer aqueles troços e fazem um barulho danado.. não entendo de música, mas eles tem um bombardino fazendo o contra-canto muito gozado... Amanhã devo seguir viagem.
Com relação aos comentários dos seguidores, algumas informações:
- as visitas a essas ruínas são pagas, pois dão direito a visita do museu também
- para quem tem dificuldade de localizar no google, meu roteiro se iniciou em Comitan de Dominguez, parti em direção a Palenque, o percurso foi de 290 km. Depois sai de Palenque retornando pela mesma estrada e fui até uma cidade chamada Ocosingo. As ruínas de Toniná ficam distantes uns 15km de Ocosingo, ai retomei a estrada e fui até San Cristobal de las Casas, esse percurso de Palenque até San Cristobal de las Casas foi de 251km
- meu pé estabilizou, não chega a incomodar, mas para usar calçado está dificil pois a bolota que tem em cima do pé dificulta o uso de calçado, não sei o que fazer com ele, pois ainda falta muito tempo para terminar minha viagem.
-com relação a gripe suína, já estou sabendo, e não sei que medida tomar para evitar contágio, mas parece que o foco está mais na cidade do México onde não irei passar.
A voces todos um ótimo fim de semana!!!
domingo, 26 de abril de 2009
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Trevizan, um alerta. Estou vendo neste momento (21:45hs do domingo) uma reportagem sobre uma epidemia de Gripe Suina que está atingindo a cidade do México. Inclusive há casos em Nova York e na Europa de pessoas que estiveram por lá e foram contaminadas. Dois brasileiros vindos da Cidade do México e com suspeita da gripe estão em isolamento no Emílio Ribas. Cautela meu amigo.
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