quarta-feira, 25 de março de 2009

24/3 - dia 33 - 237km / 9472km Ibague Bogota


Meus amigos,

Sai de Ibague e peguei um trecho de estrada agradavel, vi apenas um comando militar, que me parou, mas sem nenhum problema. Parece que a parte pior do territorio felizmente ja ficou para tras, pois aqui nao existe tanta vigiliancia dos militares.

Na estrada um oratorio da santa protetora dos motoristas de caminhao. Eles tiram um farol do caminhao, e colocam ao lado da imagem, para que ela os proteja na estrada. Nesse trecho passei por 5 pedagios.

Passei por um vilarejo simpatico na zona cafeeira, nele o trasporte e todo feito por jipes Wyllis, anos 1946/7/8/9/50... ha dezenas deles e transitam abarrotados de gente e mercadorias. Alguns estao muito bem cuidados, sao tao importantes para o povo daqui, que em uma das pracas ha uma homenagem a eles; um pedestal tem um dos jipes no alto protegido por um toldo.

A frota aqui e muito diversificada, mas e como voltar no tempo, estou vendo muito caminhao da minha epoca de crianca, muito bem cuidados e na ativa. Os onibus sao folcloricos, muito coloridos, tem flamula, samambaia, tampinha de cerveja, tudo pendurado no meio de lampadas coloridas...muito engracado, e o hit e um friso de neon em torno da placa; ja decidi vou por no Land!!!

Na saida desse povoado, pedi ajuda a um local para retornar a estrada, ele me mandou seguir um microonibus, que aqui eles chamam de "buseta", so que pronunciam com "c" ou duplo "s" como queiram.... nunca me imaginei eu correndo atras de uma "buseta"; a Heloisa Helena do Ceara, fez essa viagem e comentou a mesma coisa.

E muito estranho ouvir a pronuncia inocente, daquilo que para nos e uma coisa bem diferente... acabei rindo quando vi busetas enfileiradas na minha frente: o mundo cao!!

Mais adiante fui parado em um comando de transito que nao tinha visto ate entao, deve ser um tipo de policia distrital, porque o uniforme era diferente. Eu estava sem o seguro de acidentes de transito. Antes de sair do Brasil, fiz um email ao consulado Colombiano, que foi respondido prontamente, informando o que era necessario, porem talvez por desconhecimento, nao mencionaram o tal seguro.

Mostrei ao guarda, nao teve acordo: vou multar, eu disse nao vai, ai esta a prova de que tomei as devidas precaucoes, entao multe o consulado no Brasil, ao que ele disse: nao, eu multo voce, e voce reclama no consulado, trinta minutos de discussao, e ele insistindo da multa, quando entao eu disse a ele: OK, aqui termina minha viagem.

Coloquei o chapeu; montei minha cadeira de praia ao lado do Land, e me sentei nela.
O cara me olhou julgando que eu era xarope...3 minutos depois o chefe dele que fica numa tenda me chamou... repeti a historia para ele, e fui liberado para fazer o seguro no povoado seguinte.

No povoado, o posto de gasolina tem o mictorio bem dissimulado como podem ver pela foto... Demorou so duas horas e meia, mas consegui fazer o tal seguro, e claro que nao sera mais pedido daqui ate o fim da Colombia, como aconteceu antes la no Peru.

Segui em direcao a Bogota, e cheguei na cidade no final da tarde, logo apos uma daquelas chuvas torrenciais que alaga tudo, como acontece ai em Sao Paulo. Eu nao estava preparado para transitar em Bogota, nao tinha mapa da cidade, pois nao estava em meus planos passar por nenhuma cidade grande..

Aqui vivem entre 6 e 8 milhoes de habitantes. Transito caotico como o nosso, muito agressivo, disputado palmo a palmo, ninguem da a vez, e na forcada de barra mesmo.. muitas batidinhas de dia chuvoso, e muitas busetas atravancando o transito, fechando a frente.. parando longe da calcada sem dar sinal..terrivel, mas sobrevivi.

Depois de rodar muito sem saber pra onde estava indo, pois so consegui parar em 3 locais para ter uma breve ideia de onde estava, pedi ajuda ao Ronaldo Rojas um policial muito prestativo. Ele foi meu anjo da guarda do dia. Foi muito atencioso, mandou que eu retornasse ao carro, para nao me molhar com a chuva, e mais; abandonou o posto, e com a moto me guiou ate proximo ao local onde havia alojamento, alem disso deixou claro que estaria no posto dele, e se necessario eu poderia aciona-lo novamente.

Felizmente nao foi preciso, encontrei o Motel que ele recomendou, aqui chamado formalmente de "residencial". Eles nao tem placas portanto devo ter passado por outros, mas nao pude identificar. Sao muito limpos e organizados com estacionamento fechado. Nao tem servico de restaurante, pois o pessoal ja leva a comida....nem Wi-Fi banda larga ( mas tem Ai-Ai e bunda larga; isso ouvi e vi..).

Acabei jantando em um restaurante familiar proximo, e dei por encerrada a aventura do dia. Amanha minha navegadora chega, devo encotrar-me com a Cleide em outro hotel do lado oposto da cidade, ja estou me preparando para outra jornada no transito. Um abraco a todos voces, e muito obrigado pela companhia!!!!

4 comentários:

  1. Meu caro Trevisan,

    Quando chegar de viagem, prepare-se, pois ficará de castigo por dois relevantes motivos:

    1 – Estou viciado em ler diariamente seus relatos, fiquei até a 01:00 hr da madruga esperando seu post do dia 24 e nada de chegar

    2 – Você resolveu atrasar a postagem justamente quando entra na Colômbia e depois de passar por uma cratera feita pela Farc!!!

    Quer matar euzinho de preocupação?

    Abraço e muito obrigado pelos minutos agradáveis que seus relatos nos proporcionam, deixando com a nossa imaginação viajarmos ao seu lado.

    Pirola

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  2. queridos cheguei!!! emocao total!! ainda assisti casablanca no aviao...haja coracao!!
    besos

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  3. Don Antonio,
    que passa? nao escreve mais !!!
    Dona Cleide nao vai mais !!!viu

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  4. Bem vcs devem achar que esquecemos de vcs, mas na verdade ainda estamos na idade da pedra lascada. Mandei um pombo correio mas foi pego pelo lança chamas...
    Eu e Tania estamos com saudades de vcs. Agora que temos um pouco de tempo poderíamos marcar aquele vinho, rsrrsrsrsrsrrsrrs.
    Bem como aprendi só agora entrar numa fria com vcs espero lembrar da senha e poder trocar idéias com vcs, bjs da gente aqui da terrinha.

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